Armadilha
Informação traduzida pelo google do site: https://www.randomhouse.de/Autor/Melanie-Raabe/p552851.rhd
[Resenha Internacional] Armadilha - Melanie Raabe
Olá, queridos leitores!
Depois de tanto
romance e fantasia por aqui, que tal uma pitadinha de adrenalina, suspense e
thriler psicológico?
Então, conheçam
o livro "Armadilha", que foi cedido pela nossa parceira
"Editorial Pensamento", selo Jangada. Esse é o livro de estreia da
autora Alemã Melanie Raabe, e foi considerado genial pela crítica
internacional. E a mim, será que agradou??? Venham conferir e ficar sem fôlego.
Let´s go!
Armadilha - Melanie Raabe
ISBN-13: 9788555390579
ISBN-10: 8555390575
Ano: 2016 / Páginas: 304
Idioma: português
Editora: Jangada
Suspense e Mistério
SKOOB
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Leia o Primeiro Capítulo AQUI
Linda, uma escritora best-seller, vive reclusa em sua casa à beira de um lago desde o assassinato de sua irmã mais nova há doze anos. O assassino nunca foi pego, mas Linda o viu de relance, e agora ela acaba de reconhecer seu rosto na TV. Ele é Victor, um brilhante jornalista. Pensando numa saída para pegá-lo, ela escreve um best-seller baseado no assassinato da irmã e concorda em conceder uma única entrevista à imprensa, em sua casa, para Victor. A partir daí tem início um embate perturbador. Cheio de reviravoltas, tensão e terror psicológico.
Melanie Raabe nasceu em 1981, em Jena, cresceu em uma vila de 400 pessoas na Turíngia e uma pequena cidade em North Rhine-Westphalia, estudou ciência e literatura media em Bochum e agora vive em Colónia - como jornalista, roteirista, blogger, performer e atriz de teatro. Ela opera o seu próprio Blog entrevista (www.biographilia.com) e já recebeu vários prêmios por sua escrita.Os direitos sobre seu romance "O caso" foram vendidos internacionalmente antes de liberar, incluindo França, Itália, Holanda, Espanha e os países de língua Inglesa.
Informação traduzida pelo google do site: https://www.randomhouse.de/Autor/Melanie-Raabe/p552851.rhd
RESENHA
“Em meu mundo
não há terra, nem árvores, nem gramados, nem coelhos, nem luz do sol (...) Meu
mundo é tão distante, mas é seguro. Pelo menos era o que eu pensava.”
Linda Conrads é uma escritora consagrada pelo
mundo, mas vive isolada há mais de 12 anos. Aos poucos, se desligou do
mundo, das pessoas e fez da sua casa afastada em meio a paz da floresta e do
lago seu refúgio. Depois da morte de sua irmã Anna, ela foi a única testemunha
que viu de relance o assassino de sua irmã, mas nunca conseguiram solucionar o
caso. A culpa e a tristeza pela perda de sua irmã caçula fez de Linda uma
mulher refém de seus medos, com depressão e síndrome do pânico. Sua única ponte
com o mundo é através de seu editor e amigo Norbert e de sua assistente Charlotte, que trazem um pouco de amizade e do mundo externo para a vida de Linda, que mora sozinha com seu cachorro Bukowski.
Linda é famosa, porém, como não é vista há tantos
anos, se tornou uma espécie de mito/lenda. Ela publica todos os anos um romance
que nunca é divulgado com sua presença. Ela é rica, mas a sua vida é sozinha e
triste e sua única fonte de prazer e sua terapia é a escrita. Um dia, Linda
está mais agitada do que o normal. Assombrada por seus pesadelos diários, ela liga
a TV por breves momentos, pois não há pior barulho que o da mente barulhenta em
um cômodo silencioso e, com isso, vê algo que desestabiliza seu mundo. Ela vê um
rosto conhecido no noticiário, mas não é um rosto qualquer. O rosto tão temido,
visto apenas por poucos segundos e gravado a fogo em sua mente é do assassino de
sua irmã...
“Não quero
continuar a ver, mas preciso, não consigo desviá-lo, não consigo, meus olhos
estão bem abertos, fito o monstro dos meus sonhos e tento acordar, de uma vez
por todas. Morrer e depois acordar, como sempre faço quando vejo o monstro bem
à minha frente no sonho. Mas já estou acordada.”
O desejo de vingança de por muitos anos adormecido
volta com toda força. Linda é golpeada com a força brutal da realidade: enquanto sua jovem irmã jazia morta em um túmulo, o seu assassino vive sua vida
impunemente e tem tudo aquilo que nunca mereceu. Ela quer acabar com isso,
quer de uma vez lavar a honra da sua irmã e acabar com a vida “perfeita” do
desgraçado que destruiu a sua vida e de toda a sua família.
“Olho o rosto
do homem que matou a minha Irma. A raiva estrangula minha garganta e penso
apenas numa coisa: Vou te pegar.”
Mesmo fragilizada, traumatizada e presa em sua
própria prisão emocional de culpa e medo, Linda vai bolar um plano para pegar o homem responsável pela morte de sua irmã, o jornalista, Victor Lenzen. Então, ela vai armar uma armadilha onde sua arma será a única coisa que dispõe
nesse momento: Seu talento para escrita.
“Vou desafiar o
assassino de minha irmã, e farei isso com os únicos recursos de que disponho:
Os da literatura. Vou jogar esse livro na cara do assassino dela. Depois vou
olhá-lo nos olhos. E quero que ele também me olhe nos olhos, sabendo que sei
quem ele é, mesmo que ninguém mais saiba. Vou provar a culpa de Victor Lenzen e
descobrir por que Anna morreu. Não importa como.”
Então ela começa um plano que envolve reviver seu
passado através da escrita. Seu novo livro contará em detalhes o crime de doze
anos atrás. Com outros nomes ela trará sua visão sobre o assassinato de sua
irmã, será sua isca, seu trunfo e a única chance de pegar o desgraçado, fazer
justiça e talvez resgatar um pouco da sua sanidade, e quem sabe de uma vez por
todas responder a uma velha pergunta: por que ele a matou?
A partir desse ponto, leitores, vamos ver uma mulher
destruída, tentando caminhar sozinha em busca de um desfecho para se sentir
útil e tentar conviver melhor com a culpa que a consome. Nessa parte do livro
teremos intercalado partes do livro que Linda está escrevendo para pegar Victor
“Irmãs de Sangue”, com detalhes do que aconteceu no passado sob o ponto de vista
da testemunha e irmã da vitima, ou seja, ela mesma e o detetive encarregado
caso.
“Ele estava em
pé, em total silencio, como um animar à espreita, como se Sophie só pudesse
percebê-lo quando ele se movesse. Estava do lado da porta do terraço e olhou
para Sophie. Depois desapareceu.”
Para emboscada final, Linda começa a fazer
pesquisas, a se preparar para enfrentar o inimigo da melhor maneira possível,
pois ela não pode demonstrar as suas fraquezas. Ela tem que pensar com
frieza, agir com cautela, afinal, quem mata uma vez, pode estar disposto a tudo
quando se sentir ameaçado, certo?
“ – É surpreendente
a rapidez que nos fragilizamos quando nos são tirados os alicerces do nosso bem
estar fisisco – explicou- me Chris Tensen ao telefone, e o ouvi com muita
atenção.”
Ela começa a estudar métodos que são usados para
fazer com que prisioneiros confessem seus crimes, claro que tudo isso com o
pretexto de ser um estudo para seu novo livro.
“Uma armadilha
é um dispositivo para capturar ou matar. Uma boa armadilha deveria ser dois
coisas: Segura e Simples.”
O que você faria se estivesse frente a frente com
seu pior pesadelo? Até onde você iria para fazer justiça? Será que desenterrar os
ossos do passado irá trazer a paz que Linda tanto almeja ou abrirá as compotas
da insanidade?
O jogo vai começar, Quem será que vai sair
vitorioso, a caça ou o caçador? Quem será a verdadeira caça nessa história de
tirar o fôlego?
Meus amores, para não dar spoiler parei por aqui,
ok?
Vamos a minha opinião...
O livro tem uma fluidez calma
para depois desaguar em uma catarata turbulenta. Primeiro você conhece
profundamente as dores e os medos da personagem, se conecta com seus
sentimentos e dúvidas, com sua versão da história, mas não podemos esquecer
nunca, como ela mesma nos lembra, que ela é uma ótima
autora, que sabe contar boas histórias. Isso me fez duvidar da personagem
algumas vezes (muitas) e até o final, sinceramente não sabia se ela era apenas
uma vitima nessa trama toda. Quando chega o momento derradeiro do encontro com
o suposto assassino é tudo muito angustiante. Você duvida do equilíbrio da
personagem, pois nada parece certo, todos parecem suspeitos. A partir desse momento, a
leitura foi me deixando cada vez mais ansiosa. Eu precisava muito de respostas
e eles só me davam duvidas... ahahahah... PS(disse
suposto assassino, pois não confirmo e nem nego que seja ele para não estragar
a surpresa hahahah)
O livro, literalmente, me deixou
sem fôlego. É um suspense com um thriler psicológico perturbador e inteligente. A autora foi genial. Ela nos faz ter empatia com a Linda, ter raiva do
Victor, depois nos faz duvidar da Linda, acreditar na inocência do
Victor. Depois vira o jogo e fica nisso o tempo inteiro. Você realmente não
consegue saber quem está falando a verdade. Essa armadilha se torna um jogo psicológico
perigoso e inquietante, no qual fui devorando cada página, desesperada para saber o
final.
Um pequeno trecho de um dos diálogos mais perturbadores da trama:“(...) Corrija-me se estou errado. Mas parece que uma versão incrivelmente idealizada de um relacionamento entre irmãs. A senhora mesmo disse que teve uma Irma que não pôde salvá-la. Talvez esteja morta. Talvez tenha pensado numa salvação metafórica; afinal é escritora. Talvez não a tenha conseguido salvar das drogas ou de um homem violento. – Não sei, é evidente que você tenha uma afeição especial por essa personagem, Britta. Mesmo ela sendo tão horrível.
(...) -Horrivel?- De repente, sinto uma enorme dor de cabeça. A parede da frente parece se curvar em minha direção (...)(..) Sim! – Exclama Lenzen – Tão boa, tão linda, tão pura. Uma verdadeira princesa da Disney. Na vida real, uma mulher como ela seria insuportável!
A princípio, tudo leva a Lenzen,
certo? Mas daí vem alguns questionamentos: por que Linda nunca mais recebeu
nenhuma visita de seus pais? Será que a culpa a fez se isolar como uma forma
de se punir? Afinal, foi ela quem achou o corpo, chamou a policia e o assassino
jamais fora achado...
“O pior é a dúvida. Sempre fica uma pequena dúvida.
Isso é o pior. A dúvida é como espinho que não se consegue arrancar. É horrível
quando algo assim destrói uma família”.
E chega aquele momento
derradeiro do livro, que nem a própria personagem sabe mais o que é verdade ou
alucinação de sua mente fértil e doente. Ela começa a dialogar consigo mesma e se
questionar sobre sua sanidade...
“Sim, eu
detestava minha irmã. Essa é a verdade. É a minha vida. (...)”
(...)“Será que estou louca? Não, não estou.
Como a gente faz para saber que não está louca? A
gente sabe, simplesmente.
Mas e se a gente estiver louca – como faz para
saber? Como é possível saber algo com certeza?
Ouço as duas vozes discutirem na minha cabeça e já
não sei qual das duas é a da razão”.
Como já disse o livro é surpreendente. O final
pra mim foi inesperado, um dos melhores e mais inteligentes suspenses que li. Essa parte de terror psicológico casou tão bem com a parte do suspense que fico me perguntando por que mais autores não usam mais essa junção. Quando cheguei no final do
livro fiquei com uma sensação de UAU! Que livro fantástico!
“Por muitos anos, achei que me
sentiria aliviada por conhecer a verdade. E agora que sei de tudo, só me sinto
vazia.”
Ahhh, apesar de parecer ter
spoiler na resenha, não tem, viu? Eu fiz de propósito para vocês sentirem a
dúvida latente que senti durante toda trama. Agora... convivam com a duvida (hahaha...) ou leiam!
Parte técnica:
A escrita é em primeira pessoa, intercalando a vida real da protagonista com trechos do livro que ela está
escrevendo (sem causar nenhuma confusão entre eles). A leitura é fluida, eu
terminei bem rapidinho (se eu tivesse mais horas livres, teria sido em um dia), mas, como tenho que dividir bem meu tempo, li em dois. A diagramação é simples, as
folhas estão em papel pólen, e a fonte e tamanho estão em ótimo tamanho para
leitura sem cansar o leitor. O livro está muito bem traduzido e revisado. A editora está de parabéns.
Capa #Pracegover: Na capa temos uma paisagem de inverno europeu. A história se passa na Alemanha, então, retrata bem o clima de inverno de lá,. Tem um lago em primeiro plano e uma casa rústica em segundo, rodeada por árvores com
gelo, em um lugar que parece ser bem isolado,. O céu acima está nublado e a capa
está em tons de cinza, dando um ar de mistério melancólico. O título está
escrito em vermelho com letras em alto relevo, e o nome da autora vem logo
acima em preto. Abaixo, temos o símbolo da editora em branco.
Recomendo esse livro para
pessoas que amam suspense com pegada psicológica, que gostam de uma escrita
profunda e fluida que deixa o leitor em dúvida, roendo as unhas até a última
pagina.
Acompanhe a editora nas redes sociais e fique por dentro de lançamentos como esse!
Em breve, mais resenhas ;)
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Algumas regrinhas:
. Terminantemente proibido qualquer manifestação preconceituosa, racista, homofóbica e etc.. Respeito em primeiro lugar sempre.
. É claro que se você me seguir, eu vou lhe seguir, só dizer que seguiu no comentário e colocar seu link (não só segui me segue de volta, ok?)
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Clubenetes.