Autores Parceiros
[Entrevista ]com Southward River: Um pouco mais sobre a autora de PACTO.
NERD IS BACK...Again
☺
Segunda, Terça, Quarta, Quinta, Sexta, Sábado, Domingo, não importa o
dia, hoje com certeza é um daqueles em que eu simplesmente não consigo parar de
suar nas mãos e pés. O motivo? Minha entrevista com ela, Southward
River vai, finalmente, sair do papel.
Eba!!!!
Sobre a autora:
Southward River
Eu
comecei a escrever com 12 anos. Louca por Stephen King e Lovecraft,
sempre amei terror e mistério, horror e claro, romance! Apenas há pouco é
que decidi por começar a levar o que eu escrevia para outras pessoas
então pode-se dizer que sou nova nisso. Eu amo pizza de rúcula, doida
por café e chocolate e coca-cola e escuto e Behemoth (nao me julguem ok,
eu tambem gosto de Lana Del Rey e Selena Gomez) e adoro escrever
polêmicas, então não pode esperar menos do que bizarrices nos meus
livros. Bizarrices no bom sentido ok, sou uma pessoa séria apesar de
tudo, rsrsrs. Gosto de gatos, e de cachorros, e de cavalos, e de boas
amizades e um amor gostoso, e tenho tudo isso, graças ao que for que
estiver tecendo nossas vidas lá em cima! E escrevendo eu continuo a
viver! \o
>> WATTPAD << CLUBE DOS AUTORES >> AMAZON >>
Uma das autoras nacionais mais promissoras dos últimos anos, Southward
River está além do pseudônimo difícil de pronunciar em voz alta (pelo menos pra
mim rsrs) suas histórias carregam um Q
sombrio e ao mesmo tempo realista que faz com que qualquer ser humano passível
de sentimentos pare para refletir. E se você ainda não a conhece, fique
tranquila (o) a entrevista a seguir foi feita pensando exatamente em você.
Confira ela logo a baixo.
***
Quem é
Southward River? É meio clichê começar a
entrevista com essa pergunta, mas eu preciso que as pessoas conheçam um pouco
mais sobre você, por isso fique a vontade para se descrever do jeito que achar
melhor.
RESPOSTA: (risos) Não
é clichê. É bem legal, na verdade, começar assim. Conhecendo a pessoa. Sou uma
pessoa simples. Muito bem casada! Gosto de natureza (vivo no mato
literalmente), tenho cães, gatos, galinhas e tudo mais. Gosto da terra, do
canto dos passarinhos, etc. Sou profundamente musical, minha banda preferida é
Kings of Leon, mas também amo a Halsey e a Lana del Rey. Não sei mais o que
posso falar sobre mim... Tenho vinte e cinco anos? (risos) acho que é isso.
Por que aderir a um pseudônimo “gringo” acabou
sendo uma boa escolha?
RESPOSTA: Justamente. O
pseud. gringo foi pelo preconceito irracional que livros da literatura nacional
têm hoje em dia. Acredito que quando um outro brasileiro vê que foi um br que
escreveu, ele vai para a segunda opção. Claro que existem exceções! Mas vocês entenderam
o que eu quero dizer... A coisa ainda vai demorar para deixar de ser polêmico.
Nos fale um pouco sobre os seus livros.
Resposta: Essa pergunta... É
difícil. Muitos mundos, muitos nomes, muitas trajetórias, tristezas e
amores envolvem meus livros, cada um com sua história, que às vezes se
entrelaça à outras. Meus livros têm em comum uma coisa: Realidade sentimental.
Posso estar errada, mas acredito que sigo uma linha racional de sentimentos
humanos. Sejam eles bons ou ruins. Eu gosto de demonologia, angeologia e
ocultismo em geral, e tento abordar esses temas de maneira mais crua e menos
adocicada, apesar de amar um bom romance! Eu tenho livros desde em primeira
pessoa masculina em total ficção urbada à futurista, ou terceira pessoa de
máfia, reencarnação, fantasma, viciados, militar, vampírico, bruxos, mulheres
assassinas (meu lançamento de janeiro! “Limpeza profissional Garand”), demônios
e tudo mais que eu consegui imaginar e escrever ao longo dos anos.
Vamos
falar de Pacto, o livro apresenta temas e conceitos que a primeira vista podem
parecer muito complexos para quem esta descobrindo o mundo sobrenatural agora.
Como você apresentaria a história para estes novos leitores?
RESPOSTA: Bem... Eu só
posso dizer que... É uma história cruel, não se engane. Pacto fala de um
tratado de um demônio com uma humana suicida. O romance desenvolvido entre eles
é certamente algo sério, entretanto, deve ser levado em consideração a
realidade crua de ser um romance entre um demônio e uma humana. Prova de que,
de alguma maneira, amor não é de todo um sentimento mundano.
Outro aspecto importante é a
diversidade dos seus personagens, uma vez que a maioria dos livros de ficção
cai no clichê do homem perfeito, vampiros ou lobisomens. O que te levou a
quebrar esse padrão?
RESPOSTA:
Eu não sei
se quebrei esse padrão porque acho todos os meus personagens perfeitos, cheios
de defeitos bizarros e falhas tipicamente humanas. Talvez o perfeito é
diferente de cada lado da moeda. Acho que pensa-se assim... Porque eles são os
mais reais possíveis, ainda que sejam demônios ou bruxas ou assassinas... Eu
sempre tento me basear na realidade das reações e sentimentos.
Como surgiu a ideia para escrever
Pacto? Como foi o processo de construção dos
protagonistas?
RESPOSTA:
Então! Eu
me baseio muito em sonhos nos meus livros, muitos deles surgem de sonhos ou
pesadelos, como deve acontecer com a grande maioria dos autores. Os sonhos se tornam tão vívidos que precisam ser escritos. A
chave que sempre procuro é essa: tentar escrever da melhor forma. Pacto veio de
um sonho de Helina e Noradath no metrô. (Sim, meu Deus, e eu era o Noradath) E
eu falava para a Helina basicamente a mesma coisa que acontece na cena do
início do livro. Depois disso tive alguns outros sonhos que me ajudaram a
construir tudo da maneira que ficou, o inicio de uma saga de livros
independentes. Eu sei que não sou a única a pensar assim, mas a coisa dos
protagonistas vem muito naturalmente, como se eles realmente existissem dentro
de você. É assim com todos os meus livros, não apenas Pacto. Os personagens fluem
pelos dedos, como se você subitamente fosse sugado para uma outra realidade,
onde você fosse outras pessoas, muitas pessoas, alternando tão rápido que não
pode contar.
Como funciona o seu processo de pesquisa,
costuma achar fácil às informações que precisa? Tem métodos próprios, faz metas
e roteiros?
RESPOSTA: Ohhh! Eu
vou muito longe pela pesquisa, principalmente para montar a coisa da realidade
que te falei. Se o personagem é francês ou australiano, curdo ou sírio, tento
pesquisar o máximo possível sobre cultura e linguagem, assim como se a
personagem é uma escrava sexual, vou até na deep web ter alguma noção do
verdadeiro mercado negro de escravas sexuais e de como é realmente o comércio de
mulheres e crianças na nossa realidade... Mas esse é um assunto para 2017 (cara
misteriosa, se é que isso existe)
Você tem ao todo 35 livros finalizados, como você se preparou/se prepara
físico e psicologicamente para cada um? Algum dos seus livros já exigiu tanto
psicologicamente de você a ponto de você precisar de uma pausa?
RESPOSTA:
Muito bem,
essa é uma ótima pergunta. De fato, é necessário, principalmente com os temas
que trabalho. Os conflitos e dramas ficam dentro de você. A trilogia de Ether
(conhecida(não) como Saga Ether) foram livros que sugaram minha energia de tal
maneira que apenas a duologia de Solúvel/Volúvel pode se equiparar. O segundo
livro de Ether “O Vento que Me Acompanha” me exauriu, emagreci e tive que
contar com o maridão para lanchinhos “de obrigação”. A vida e história de Katherrine, Ether e Terezza certamente estão no topo dos meus livros
desgastantes!
Sentimento Solúvel (Em minha opinião o melhor livro que eu li), e
Volúvel trazem mensagens polemicas sobre amor e rendição de um jeito bastante
único, em algum momento você achou que a história de ambos poderiam não ser
aceitas pelo publico em geral?
RESPOTA:
O meu
intuito realmente era mostrar o lado negro que o amor pode ter. A psicose,
solidão e conflito brutal que um ser passa quando o amor te obriga a fazer uma
mudança drástica na vida que você já levava há muito, muito tempo. Alexsander é
um personagem único, e o sentimento do amor, do egoísmo e da redenção estão de
fato muito presentes nesse drama sobrenatural, onde a personagem feminina
cresce sob a constante sombra de um amigo e ao mesmo tempo, pior vilão.
Quais foram às dificuldades de escrever algo tão intenso? Como você se
preparou para contar essas histórias?
RESPOSTA: Eu
não sei, sinceramente... Muito café, maços de cigarro (light, eu juro),
natureza e música. Sem contar com diversas conversas com amigas de confiança,
meu marido e... comigo mesma. (risos)
Agora algumas perguntas pessoais
Se você tivesse que escolher seu melhor livro, qual seria?
RESPOSTA:
O livro que julgo meu melhor trabalho ainda
não foi publicado... “Teoria Deus” vêm em 2017... Esse livro veio de um sonho,
também, e ele acabou se tornando uma obra de 1100 páginas. É complexo, e
acredito que não fará sucesso como Pacto ou Sentimento Solúvel, mas foi um dos
livros que mais me esforcei para escrever nos últimos três anos. Eu levei oito
meses para escrevê-lo, repleto de mensagens secretas e códigos que dependerão
da inteligência do leitor para decifrar e ler o epílogo. Mas dos publicados, eu
numeraria A Outra Face da Alma, o último livro da Saga Ether, outro gigante de
1200 páginas, em primeira pessoa, na carne de um Ether violento, amargurado e
ressentido por todos os danos que *SPOILER* a imortalidade trouxe.
Sabemos
que a literatura nacional ainda é pouco valorizada no Brasil, grandes editoras
visão a publicação/Tradução de estrangeiros e acabam deixando os talentos
nacionais em segundo plano, para você, investir na auto publicação é o melhor
meio para se lançar no mundo literário ou esperar uma oportunidade editorial
ainda é o melhor caminho?
RESPOSTA: Eu acho que o único jeito de
mandar um recado para indústria carniceira do mercado editorial brasileiro é
sendo independente. Infelizmente, eles não estão interessados em apenas boas
histórias. A maioria das editoras visa dinheiro e depois sim, vêm se é mesmo
uma boa história. Isso também ajuda a formar uma opinião sobre os autores
nacionais. Assim como temos ótimos autores como o André Vianco, também vemos as
editoras publicando verdadeiras obras mal escritas, sem o mínimo de carinho e
atenção, sem visar dedicação e desempenho, boa literatura para levar à frente
um bom nome para a literatura nacional.
Com qual personagem de suas histórias você mais
se identifica? Por quê?
RESPOSTA: AH! A
personagem com quem mais me identifico é a Loose, de Garand! Logo logo vão entender porque! Eu só pareço
doce! (terrível risada maléfica)
Qual lugar no mundo, qualquer lugar, seria
perfeito para escrever?
RESPOSTA: NORUEGA!
HAMMERFEST, NORUEGA! Eu ainda vou morar lá, vocês vão ver! (risos)
O ano
acabou de começar, mas a uma pergunta que não quer calar, você já tem projetos em andamento?
Conte-nos sobre eles.
RESPOSTA:
Sim, muitos! O Sono de Nirvana 2 está sendo
finalizado, Garand vai sair no fim de janeiro, Teoria Deus no meio do ano
(também já está pronto) Pacto 2 também sai lá para o meio do ano, e não podemos
esquecer o tão polêmico 3AM, meu romance mais... MAIS! (risos diabólicos).
E agora
por ultimo, mas não menos importante, você poderia deixar uma mensagem para os
seus leitores, os leitores do blog e uma dica especial para quem está iniciando
à carreira agora?
Paciência.
O caminho DEVE ser árduo. Facilidade nunca fez bons guerreiros. Seja paciente,
carinho com quem você ama, ajude o próximo sempre, ainda que não seja
retribuído, mas... Nunca dê a outra face.
E ai? Curtiram saber um
pouquinho mais sobre a autora e seus livros? Eu já li vários dos títulos citados
por ela e em breve, muito em breve, deve sair à resenha de Sentimento Solúvel, que eu já adianto, é uma obra DAQUELAS!!! Fiquem ligados, ou melhor, logados
que ela deve ser sair bem mais cedo do que o planejado.
Eu simplesmente amei responder tudo! Esse blog e todo mundo que trabalha nele é simplesmente demais!! Amo vocês, e muito obrigada pela oportunidade! s2s2
ResponderExcluirtodos os méritos pra você, que é uma autora sensacional <33333 obrigada por topar dar a entrevista com tanto carinho
ResponderExcluir