filme de terror
E aí? Vocês já bolaram alguma história para quem foi
Jack, O Estripador??
[Outubro Sangrento] Filme "Do Inferno"
Oiee!
Outubro é um mês fofinho, né?! Fico só pensando que
ele abriga o Halloween e na quantidade de filmes de terror que vão passar na
televisão. Por acaso, este longa eu não assisti nos canais, assisti na Netflix,
então, caso se interesse, corre que está disponível por lá. O filme já estava
na minha lista infinita e aproveitei que estou lendo o livro “Sou Jack, o
Estripador” para assisti-lo.
Quem aí curte o Jack?
O filme foi lançado em 2002 e teve como base uma
história em quadrinhos, também chamada “Do Inferno” ou “From Hell”, criada por
Alan Moore com publicação original em 1991. Lembrando que o longa não seguiu à
risca a criação de Moore. O título vem de uma carta escrita pelo serial killer
que as autoridades policiais consideraram ser autêntica. Veja abaixo a carta e a republicação da obra de Moore.
(Retirei a imagem da carta do site Wikipédia).
Agora vamos conhecer sobre o filme.
SINOPSE
Em 1888 a cidade de Londres vive um horror sem precedentes,
principalmente aqueles que vivem em Whitechapel. Lá mora Mary Kelly (Heather
Graham) e seu grupo de amigas, que vivem sendo hostilizadas pelas gangues
locais e são obrigadas a se prostituir para sobreviver. Até que uma das
companheiras de Mary, Annie (Katrin Cartlidge), é repentinamente sequestrada,
com este acontecimento logo seguido pelo brutal assassinato de Polly (Annabelle
Apsion). Desconfiando que tais acontecimentos sejam na verdade uma "caçada"
às garotas de Whitechapel, o caso logo chama a atenção de Frederick Abberline
(Johnny Depp), um brilhante e perturbado inspetor de polícia que muitas vezes
usa de seus poderes psíquicos para solucionar casos. Abberline se envolve cada
vez mais com o caso e aos poucos se apaixona perdidamente por Mary, mas quanto
mais se aproxima da verdade mais Whitechapel fica perigosa para Abberline, Mary
e suas companheiras.
Trailer
Gente, não tem trailer legendado do filme, tampouco
dublado, mas disponibilizei o link aqui porque é sempre bom dar uma olhadinha
nas cenas e na produção do longa. ;)
Espero que ajude de alguma maneira.
O que eu achei?
Lembro-me de quando este filme foi lançado e eu tinha
apenas 11 anos, mas já queria assistir. A classificação etária na época, se não
me engano, chegou aos 21 anos, porém depois passou para 18. Grande diferença
para o meu caso, né? Então, quando o encontrei na Netflix nem acreditei e
tratei de adicionar a minha lista que, como disse anteriormente, é infinita.
Essa semana resolvi ver antes de dormir.
Caso não saibam, sempre curti coisas relacionadas a
psicopatas e seriais killers. Por isso, Jack, o Estripador é para mim um
símbolo. Não um símbolo que deva ser apreciado e sim alguém que marcou um
período com suas façanhas cruéis e que conseguiu não ser encontrado, garantindo
a aura de mistério que o cerca até hoje. Gosto de analisar a mente humana,
principalmente a dos criminosos.
Vamos ao filme que já estou falando muito...
Johnny Depp interpreta o inspetor de polícia Abberline
que possui poderes psíquicos capazes de conceder a ele visões premonitórias dos
crimes e que possui também um vício por ópio. Abberline perdeu a esposa grávida
durante o parto e creio eu que seja esse o motivo do vício. Um trauma não
curado que o levou a um caminho complicado.
O filme começa com o inspetor sendo chamado, após ter
se drogado, para verificar a morte de uma prostituta. A primeira vítima de
Jack, O Estripador, apesar de em nenhum momento do filme ter havido referência
a este nome.
A primeira prostituta morta teve a garganta cortada e
os genitais mutilados e foi largada em um dos becos. Ela fazia parte de um grupo
que vinha sendo ameaçado por uma espécie de cafetão, então a primeira suspeita
recaiu sobre ele. Entretanto, o inspetor logo percebe algo que a sociedade tão
preconceituosa como atualmente não queria ver: o assassino era alguém culto,
alguém com capacidade para fazer as mutilações de maneira profissional, ou
seja, alguém que não vinha de uma classe pobre.
Mas ninguém quis ouvi-lo, menos ainda seu chefe.
Abberline não era alguém que desistia, o típico bom
inspetor de polícia, decidido a encontrar o responsável pelas atrocidades
enquanto o assassino continua agindo nas caladas da noite. Todas as vítimas
foram prostitutas e isso não é uma surpresa. É algo que seguiu a vida real.
A grande inovação do filme, que vem também da inovação
da história em quadrinhos, surge em uma história paralela que se interliga às
prostitutas.
E se Jack, o Estripador não matava as prostitutas
apenas por matar? E se ele foi contratado para tal façanha? Não teriam elas
visto algo que deveria ficar escondido sob sete chaves?
A grande revelação do assassino traz temas como a
família real inglesa, o esperado preconceito com prostitutas, maçonaria, uso de
técnicas – julgo eu ser a lobotomia – para curas psiquiátricas (entenda aqui
que essas curas eram usadas em pessoas que não precisavam delas...), a questão
de como pessoas com dinheiro podem influenciar na vida de pessoas pobres, entre
outras questões muito importantes.
Ah... Tem romance também.
Preciso deixar claro que eu esperava uma reprodução da
realidade do Jack, o Estripador, algo que ainda mantivesse sua aura de mistério
existente até hoje, mas isso porque não me dei ao luxo de ler a sinopse antes
de ver o filme. Estava bem claro lá que o filme traria uma versão de quem
julgava ser o assassino e, da forma que o fez, ficou interessantíssimo e surpreendente.
Acrescentando que, ao fazer pesquisas, você pode perceber que as mortes representadas no filme seguiram exatamente o que foi noticiado e encontrado à época, inclusive os locais em que os corpos foram encontrados. Outros detalhes foram acrescentados por uma licença poética. Um exemplo é a morte da última prostituta, que foi assassinada em seu próprio quarto, onde havia uma janela quebrada. Pasmem! Isso é detalhe real! Só não digo o que foi mudado nesse pedacinho aí mesmo porque seria um spoiler dos grandes. Estou quietinha aqui.
Até a próxima <3
Beijinhos.
Kate
Nascida e criada no Rio de Janeiro, Katerine Grinaldi já visitou lugares que não estão nos mapas convencionais. Isso graças ao seu amor pela literatura, tanto no ato de ler como no de escrever. Encantada com histórias que fazem pensar e por personagens de apaixonar, Katerine decidiu criar outros mundos para que leitores – como ela - pudessem visitar. Advogada, ela não abandona um de seus maiores prazeres: escrever. A Herdeira, seu primeiro livro, foi lançado na Bienal do Livro de 2015.
0 comentários:
Algumas regrinhas:
. Terminantemente proibido qualquer manifestação preconceituosa, racista, homofóbica e etc.. Respeito em primeiro lugar sempre.
. É claro que se você me seguir, eu vou lhe seguir, só dizer que seguiu no comentário e colocar seu link (não só segui me segue de volta, ok?)
Obrigada por comentar... a sua presença é muito importante para nós.
Volte sempre ^^
Clubenetes.