172 Horas na Lua
[Resenha Internacional] 172 horas na Lua - Johan Harstad
Olá! Olá!
Hoje vim para trazer mais uma distopia. Eu adoro, eu me amarro! Mas, dessa vez, senti até um climazinho de terror no ar...
Precisamos falar sobre.... “172 horas na lua”!
Primeiro, vamos dizer que com esse livro matamos dois coelhos numa cajadada só, com desafio LT 2016, cujo tema do mês de março era scifi x maratona Me Livrando e o tema era livre (tá, faz tempo, mas eu acabei postergando a montagem da resenha, e já viu, né? Estamos em maio e páh....)
Então, tchamrammm, será que eu gostei da leitura senhoras e senhores? Preparem a pipoca e sentem-se que lá vem a história...
172 Horas na Lua -
Johan Harstad
ISBN-13: 9788581637099
ISBN-10: 8581637094
Ano: 2015 / Páginas: 288
Idioma: português
Editora: Novo Conceito
O ano é 2018. Quase cinco décadas desde que o homem pisou na Lua pela primeira vez.
Três adolescentes comuns vencem um sorteio mundial promovido pela NASA. Eles vão passar uma semana na base lunar DARLAH 2 - um lugar que, até então, só era conhecido pelos altos funcionários do governo americano.
Mia, Midore e Antoine se consideram os jovens mais sortudos do mundo. Mal sabem eles que a NASA tinha motivos para não ter enviado mais ninguém à Lua.
Eventos inexplicáveis e experiências fora do comum começam a acontecer...
Prepara-se para a contagem regressiva.
Ficção científica / Suspense e Mistério
A NASA está com uma ideia para atrair o olhar do mundo novamente em sua direção e, para tal, precisarão de investimento e de atenção. Então, em um plano muito arriscado, resolvem fazer uma seleção de uma nova tripulação para pisar novamente na lua. Até aí, já seria uma coisa inusitada e incrível, porém, eles não querem selecionar qualquer um, mas, sim, adolescentes com até 18 anos.
— Adolescentes na Lua, senhores, são a solução que estivemos procurando. Uma porta que se abre. — Mas como vai decidir quem pode ir? Ele sorriu novamente, de forma ainda mais dissimulada, e respondeu: — Vamos sortear.
Nessa parte eu já torci um pouco o nariz, porque, tipo, quem em sã consciência iria querer ver os filhos menores de idade viajando pro espaço? Gente, é arriscado. Hello?! Mas ao que parece para a ficção não há limites lógicos, e uma horda de adolescentes e pais destrambelhados (ops!) se inscrevem nesse maluco e arriscado projeto.
Em meio a esse caos, conhecemos três jovens: Mia, uma jovem sueca meio rebelde que tem uma banda feminina e vê essa onda de surto pela ida à lua como um besteirol.
As quatro garotas ficaram em silêncio nos sofás, olhando as paredes, três delas desejando que seu nome tivesse sido escolhido, a quarta sentindo como se tivesse acabado de ser sentenciada à prisão.
Temos Midori, uma jovem japonesa também meio rebelde, que quer escapar de todas as convenções que sua sociedade impõe e sonha ir para os EUA para ser livre e levar uma vida perfeita e, Antoine, um rapaz francês que acabou de levar um chute, e está com uma baita dor de cotovelo. Ele vê nessa seleção uma oportunidade para se afastar da amada para um lugar distante (e põe distante nisso..)
E foi então que ocorreu a Antoine que ele também não sabia o que o esperava no lugar aonde ia. Não que alguém fosse atacá-lo no espaço, mas mesmo assim…Seria realmente tão seguro quanto seu pai achava que era? Quantas outras pessoas haviam feito isso antes dele? Dez? Doze? Não poderiam ser mais que isso, ele tinha certeza. Um pensamento incômodo —de que talvez tudo isso fosse um erro —começou a crescer em seu íntimo.
É claro
que conhecendo os três, já sabemos que eles são os escolhidos. Porém, nem todos
se inscreveram por livre e espontânea vontade. Os pais de Mia inscrevem-na
escondido, Fiquei chocada com essa parte, principalmente por ser a mãe da
menina a maior forçadora de barra...
Enfim, a
primeira parte do livro é bem longa e cansativa, a narrativa meio que se
arrasta, e por pouco não joguei o livro de lado...
Mas
eis que eles vão para a lua, e então.... Tudo acontece rápido. Fiquei sem
respirar, sem ação. Gente, foi um bafão. E que final aterrorizante! Caraca!!!
A sala ficou completamente escura por alguns segundos antes de as luzes de emergência se acionarem e banharem o ambiente em um tom vermelho-escuro.
O livro
me ganhou nesse momento, e, creia em mim, que se eu contar qualquer coisinha do
que houve vou estragar a surpresa toda. Tem sobrenatural? Tem ET? Tem
conspiração? Olha tem um pouco de tudo, e um pouco de nada... Ainda tentando
depois de um mês digerir a leitura, foi tipo assim....
Como
assim acabou??? Quero mais! Cadê! Meu Deus!! Socorro...
Entenderam?
Foi muito surreal. Se eu gostei? Bem, gostei muito, mas pelo começo um pouco
lento e o final um pouco rápido, infelizmente não deu pra colocar entre meus
favoritos, mas minha classificação seria entre três e meia a quatro
estrelinhas.
Só após o
final da leitura entendi a capa maravilhosa da Novo Conceito. A revisão está
impecável. Adoro as escolhas que a NC faz para suas publicações, pois, até
agora, não me deixaram a desejar.
Esse foi
um livro que, de boa, leria a continuação, pois ficaram muitas ???? rondando
minha cabeça. Até sonhar com o livro eu sonhei. Então, valeu muito à pena, meus
amigos.
Recomendo
esse livro para todos aqueles fãs de distopias fantásticas, com suspense e
ficção científica, deixando um conselho: não desistam antes do final, pois,
assim como eu, vocês se surpreenderão.
Tudo o que queria era dormir. Queria dormir e acordar em um lugar totalmente diferente. Qualquer lugar estaria bom. Mesmo que fosse no meio do deserto em algum lugar no México, sem comida nem água, com um psicopata e assassino em massa atrás dela. Mesmo que tivesse de se salvar rastejando até os joelhos sangrarem pelo deserto, cercada de cobras e coiotes. Qualquer coisa seria melhor que ficar sentada aqui, presa, sem a menor chance.
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SOBRE O AUTOR
Johan Harstad Nascimento: 10/02/1979 | Local: Noruega - Stavanger
Harstad nasceu em Stavanger.
Ele fez sua estréia literária em 2001, com uma coleção de prosa curta intitulado Herfra blir du eldre nua ("De agora em diante você só ficar mais velho"). No ano seguinte, ele publicou uma coleção de histórias curtas chamadas AMBULANSE ("Ambulance") e 2005 viu a publicação de seu primeiro romance, Buzz Aldrin, hvor det ble av deg i alt mylderet? ('Buzz Aldrin, o que lhe aconteceu em All a confusão? "). Em 2008 ele publicou seu primeiro sci-fi / horror romance, 172 horas na Lua, um cruzamento entre ficção adulta jovem e adulto ficção.
Giu, sua linda, você bem sabe que não sou muito ligada em fantasias, distopias e terror, mas é impossível não ficar curiosa com suas resenhas nesses gêneros. Gostei muito da forma descontraída e irreverente, sem deixar de ser crítica com que você resenhou essa distopia. Me despertou a curiosidade. Acho que, assim que for possível, lerei o livro.
ResponderExcluirParabéns pela resenha.
Beijão.
Vanda
Confesso que tenho alguma curiosidade de saber o que, afinal, eles encontram na Lua, mas não o suficiente para querer conhecer a história, já que qualquer pontinha de terror me faz desistir de ler um livro. E, para falar a verdade, não sei que personagem ia querer matar mais: são fortes candidatos os pais da Mia, que a inscrevem escondido, e a própria Mia, que me pareceu uma mosca morta por acabar indo parar na Lua, sim, a Lua, aquela coisa no espaço... Como se estivessem mandando a menina pra casa da vó contra a vontade dela pra passar as férias, né? rs... Mas fico feliz que a leitura tenha valido a pena pra você!
ResponderExcluirBeijo!
Oi Giu, tudo bem??
ResponderExcluirEu já tive muita vontade de ler este livro, porque tem distopia e ficção científica que são dois temas que amo! Não desisti de ler... talvez eu o compre em E-book, porque acho essa capa muito feia e ela me deixa nervosa hahaha, mesmo que tenha tudo haver com a história... de qualquer forma... essa parte que os leitores consideram maçante, seria interessante pra mim... porque acredito que sejam os detalhes de um possível treinamento... e isso chama muito a minha atenção... Agora estou bem curiosa quanto a final que todos falam.... quase pego o livro para ler as páginas finais... mas não irei fazer essa loucura haha... gostei muito de sua resenha... xero!!!
Oi Giuli, já tinha ouvido falar dessa obra,sua resenha ficou ótima, mas confesso que mesmo gostando de fantasia e histórias mirabolantes, essa pegada interestelar com E.T.s e viajens ao espaço eu não curto muito...tenho sérios problemas con ficção ciêntifica.
ResponderExcluirAbraços