crianças peculiares
Se você ainda não leu O Orfanato da Srta. Peregrine para Crianças Peculiares, está perdendo muito.
[KATE INDICA] O ORFANATO DA SRTA. PEREGRINE PARA CRIANÇAS PECULIARES
Oi, clubenautas!
Espero
que tenham curtido minha última postagem sobre o filme “Terror na Estrada”, mas
hoje estou aqui para falar sobre livros. Ebaaa! Faz um tempinho que não trago
uma resenha e li este livro desde o ano passado, mas estava sem tempo de
postar, infelizmente. Vamos falar sobre “O Orfanato da Srta. Peregrine para
crianças Peculiares”.
Ransom Riggs
Ransom
Riggs cresceu na Flórida, mas agora reside na terra das crianças peculiares,
Los Angeles. Ao longo da vida, formou-se no Kenyon College e na Escola de
Cinema e TV da Universidade do Sul da Califórnia, além de fazer alguns
curtas-metragens premiados. Nas horas vagas é blogueiro e repórter
especializado em viagens, e sua série de ensaios de viagem, Strange
Geographies, pode ser lida em ransomriggs.com.
Sinopse: Milhões de cópias vendidas em todo o mundo!
Traduzido para mais de 40 idiomas! Eleito uma das 100 obras mais importantes da
literatura jovem de todos os tempos. Tudo está à espera para ser descoberto em
"O orfanato da Srta. Peregrine para Crianças Peculiares", um romance
que tenta misturar ficção e fotografia. A história começa com uma tragédia
familiar que lança Jacob, um rapaz de 16 anos, em uma jornada até uma ilha
remota na costa do País de Gales, onde descobre as ruínas do Orfanato da Srta.
Peregrine para Crianças Peculiares. Enquanto Jacob explora os quartos e
corredores abandonados, fica claro que as crianças do orfanato são muito mais
do que simplesmente peculiares. Elas podem ter sido perigosas e confinadas na
ilha deserta por um bom motivo. E, de algum modo - por mais impossível que
possa parecer - ainda podem estar vivas. “Mesmo sem as fotos, esta seria uma
história emocionante, mas as imagens dão um irresistível toque de mistério. A
narração em primeira pessoa é autêntica, engraçada e comovente. Estou ansioso
para o próximo volume da série!” RICK RIORDAN, autor da série Percy Jackson e
Os Olimpianos. “Um romance tenso, comovente e maravilhosamente estranho. As
fotos e o texto funcionam brilhantemente juntos para criar uma história
inesquecível.” JOHN GREEN, autor de A culpa é das estrelas. “Vocês têm certeza
de que não fui eu quem escreveu esse livro? Parece algo que eu teria feito...”
TIM BURTON
Gênero: Fantasia/ Jovem adulto
Editora: Leya (atualmente pela Intrínseca)
Páginas: 335
Resenha
O livro
começa narrando a relação próxima entre Jacob e seu avô Abraham Portman.
Observamos como o rapaz de 16 anos sempre foi muito mais ligado ao avô do que
aos próprios pais e, talvez, você esteja se perguntando se este é o único
motivo para sermos introduzidos neste cenário familiar. Não.
Em o
Orfanato da Srta. Peregrine para Crianças Peculiares, que vou chamar de OSPCP
por motivos de título grande demais, tudo é interligado, não há qualquer ponto
solto. Você não fica se perguntando: mas e... Mas e aquele outro pedaço? E depois
daquilo? Não, isso não acontece. Claro que há ganchos para o próximo volume,
chamado Cidade dos Etéreos, mas fora isso, nada, ok? Muito bem escrito.
Portanto,
a relação de Jacob com o avô é fundamental. Vovô Portman mostra ao neto Yacob –
como o chama –, desde pequeno, fotos de colegas seus no orfanato para o qual
foi enviado. Porém não são fotos comuns. Há crianças diferentes, uma menina que
levita, um rapaz que segura uma rocha com apenas uma mão, entre outras. A
princípio, Jacob acredita, até que seus pais contam que Abraham era judeu e,
portanto, fugitivo na época da Segunda Guerra Mundial. Ou seja, há duas versões
para o lar onde Abraham viveu quando criança: ou era realmente um lugar com
crianças peculiares ou uma fantasia da sua mente de refugiado para lidar melhor
com os monstros que o perseguiam e o separaram de sua família.
Confesso
que não quero falar muito sobre o livro porque durante toda a leitura, fui
surpreendida, desse modo, não gostaria de impedir que isso acontecesse com
vocês. Entretanto, já vi spoilers (o que eu julgo como, pelo menos) na própria
página da Intrínseca, então vou continuar, tentando ser breve.
Jacob
cresce e seu avô é considerado um idoso com alguns problemas mentais, por isso,
suas armas são escondidas em um local onde não possa acha-las. Tudo muda quando
ele morre de uma maneira misteriosa, em sua própria casa, e o neto tem certeza
de ter visto um monstro, o mesmo que seu avô narrara tantas vezes, com
tentáculos. O que o leva ao psiquiatra...
Aproveitando
do sonho do pai em escrever um livro sobre aves, e ter procrastinado vários,
Jacob propõe uma viagem para a ilha onde ficava o lar de seu avô quando
criança, algo que seu psiquiatra recomenda como saudável com o objetivo de que
seu paciente perceba que tudo não passa de fantasia.
Ao
chegar lá, o orfanato está em ruínas e o neto de Abraham fica sabendo que uma
bomba explodiu o lugar em 03 de setembro de 1940, matando todos os habitantes.
O que ele não sabe é que vive quem parece morto.
A partir
daí, a história engrena de uma maneira que você não consegue mais largar o
livro. Personagens incríveis, construídos de tal maneira que encantam e não tem
como você dizer que gostou mais de um do que de outro (Millard, ok? Mas estou
falando isso agora). A originalidade do enredo, baseado em fotos reais, misturado
a um quê de veracidade, mesmo sendo fantasia, nos leva a um mundo perfeito que
é o lar da Srta. Peregrine. Tudo muito bem alinhado, como disse anteriormente.
Você entende perfeitamente como vive quem parece morto, e se pergunta: gostaria
de estar no lugar deles? Aquela morte seria extremamente injusta, como foram
tantas outras durante a Segunda Guerra, mas o preço que pagam por terem
escapado, vale a pena?
Aliás,
quem era Abraham no lar das crianças peculiares? Era realmente apenas um
refugiado, mandado pela família para ser salvo do nazismo? Quem é Jacob então?
E qual decisão ele irá tomar para sua vida com as descobertas que faz?
Agora
você deve perguntar: será que a Kate vai falar sobre o filme? Olha, não quero
nem um pouco falar sobre isso. Li o livro correndo para poder assistir o longa
sabendo da história e posso dizer que foi a melhor coisa que fiz porque se
tivesse feito o contrário, jamais teria lido o livro. O filme não faz jus à
história.
Para
começar, em meia hora, dezenas de coisas são trocadas, mas daí você pensa: ok,
é para encaixar no enredo, caber no tempo, etc. Continua assistindo: mas,
calma... aquela que levita não é a Emma... Ei, o filme não é tão infantil
assim! O Jacob tem 16 anos, ele parece ter 13. E as outras crianças? Parecem
todas crianças mesmo quando não é a realidade.
Há casais na história verdadeira. Sabe? Não casais de crianças, gente!
Depois,
durante o jantar, a Senhorita Peregrine não fala o que está no filme e...
Sério. Parei. 10% do livro foi mantido no filme, não aguentei, parei faltando
meia hora para o final e espero mesmo, do fundo do meu coração, que refaçam. Decepcionante.
Se você ainda não leu O Orfanato da Srta. Peregrine para Crianças Peculiares, está perdendo muito.
Nascida e criada no Rio de Janeiro, Katerine Grinaldi já
visitou lugares que não estão nos mapas convencionais. Isso graças ao
seu amor pela literatura, tanto no ato de ler como no de escrever. Encantada
com histórias que fazem pensar e por personagens de apaixonar, Katerine
decidiu criar outros mundos para que leitores – como ela - pudessem
visitar. Advogada, ela não abandona um de seus maiores prazeres: escrever. A Herdeira, seu primeiro livro, foi lançado na Bienal do Livro de 2015.
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