Dia do Escritor Nacional
[Especial dia do Escritor Nacional] Texto e Entrevista da querida L.L Alves
Hoje é um dia muito especial!! Dia Nacional do Autor...
Será que todos nós damos a devida importância e valor à esses guerreiros sonhadores??
A Luene Alves autora que vive As Grandes Aventuras de ser uma Prodígio cheia de Mudanças e reviravoltas nesse país hoje é a autora representante desse dia tão especial...
Ela nos mandou esse texto que vale a pena ler e refletir!
Post especial com entrevista... Espero que gostem!!!
Será que todos nós damos a devida importância e valor à esses guerreiros sonhadores??
A Luene Alves autora que vive As Grandes Aventuras de ser uma Prodígio cheia de Mudanças e reviravoltas nesse país hoje é a autora representante desse dia tão especial...
Ela nos mandou esse texto que vale a pena ler e refletir!
Post especial com entrevista... Espero que gostem!!!
Ser escritor no Brasil...
Vamos direto ao ponto: ser escritor no Brasil não é nada fácil. O título que selecionei
exprime tudo que sinto desde 2013. As reticências incluem um leque de
frustrações e medos que todo escritor experimenta, especialmente nesta terra
chamada Brasil.
Afinal, escrever não é para qualquer um, principalmente
quando você vem da classe média baixa – aclasse que não tem condições deadquirir
um apartamento ou um carro zero (nem mesmo um usado); que trabalha todo o santo
dia para colocar o pão e o feijão na mesa; que parcela as compras em dezenas de
prestações; e que usa o suado dinheirinho para pagar contas e mais contas e
mais contas e mais contas... Nunca sobra, nunca mesmo, e podemos fazer o quê?
Sou da classe que estudou a vida inteira em escolas
públicas, que sofri para pagar um cursinho e poder finalmente cursar uma
faculdade... Faço parte da classe que aprendeu tudo na base do “Se vira!”,
quando ninguém mais se importava, afinal nunca tivemos um futuro garantido. Faço
parte da classe que consegue o que quer com muito esforço, um esforço abismal
(que às vezes não é o suficiente), e que precisa enfrentar um leão por dia,
porque é o que nos resta.
Bom, quanto a publicar um livro... Publicar é fácil, para aqueles
que não fazem parte da classe média baixa e, felizmente, possuem condições,
sejam próprias ou de familiares, para arcar com os custosda realização de um
sonho. Se você é aquela pessoa que pode pagar livremente para o livro ser
publicado, que pode aceitar qualquer oferta, ou mesmo que paga para a editora
vender seu livro, sem nem piscar (afinal, você também deseja que ser um
escritor reconhecido), suspire de alívio: você tem muita sorte! Não entendam
errado: é fantástico! Parabéns! Você pode publicar um livro!
Se você não se enquadra nessa categoria: bom, sinto muito...
Precisará correr atrás, sofrer, chorar e quase desistir uma centena de vocês
para ser aceito por uma editora. E, se por acaso, não conseguir (milagre aquele
que consegue ser visto por uma editora! As grandes? Sequer vão dar atenção para
um joão ninguém), terá de tirar do
próprio bolso seus suados trocados para finalmente ver seu sonho sendo
realizado.
Toda a nossa sociedade conspira para que o mais humilde dos
humildes pense que é impossível ter
seu trabalho reconhecido. Adianta saber escrever bem ou ter ideias incríveis e
originais? Não, nosso aspirante a escritor nunca viajou para o exterior, nem
mesmo para o estado vizinho, visitou a Disney mais de dez vezes, ou sequer fala
duas, três línguas... Ele não tem um parente famoso, um primo de segundo,
terceiro grau, que conhece a Xuxa!!
Infelizmente, é assim que as coisas são. Conheço autores que
escrevem muito bem – talvez e provavelmente muito melhor do que eu –que não
tentam publicar um livro porque sabem que o caminho será árduo e amargo. E não
é?
Ser escritor no Brasil é para poucos. Não somos valorizados
como deveríamos ser – ainda falta um longo percurso pela frente. Ler Machado de
Assis na escola? “Essa chatice de novo?!”.Vamos falar a verdade, nem nós mesmos
sabemos dar valor para a literatura brasileira, e não digo isso apenas dos livros
clássicos. Há tantos novos escritores por aí e quais deles você conhece e pode
me afirmar com certeza que acompanha seu trabalho? Seja sincero consigo mesmo!
Quantos livros nacionais você leu ano passado? E esse ano? Pretende ler algum?
Quantos exemplares há na sua estante?
Não serei hipócrita. Eu também não reconhecia o valor da
literatura nacional antes de 2013, quando criei meu blog. Conheci esse mundo
novo através de outros blogueirosincríveis que divulgavam (e ainda divulgam) nossas
obras. Não fosse por isso, como eu seria capaz de conhecer? Não sei! Eu sei que
quando vou à livraria a atendente não indica que eu compre Segunda Chance, da Priscila Boltão, ou ADQS, da Fabiana Cardoso... Ela não recomenda Quebrando as Correntes do Destino, da Joseane Bragança, ou O Aroma da Sedução da Jéssica
Anitelli... Ela não comenta sobre Flavio Oliveira, Amanda Ághata Costa, Dayana
Araújo ou Ingrid Mello... Por quê? Porque esses autores não vendem tanto quanto
Cinquenta Tons de Cinza e, por que não dizer, Harry Potter? É a triste verdade.
Nossos livros não estão nas prateleiras à vista de todos, dificilmente
procuraremos por eles, raramente nosso nome será conhecido.
Começando por aí, percebemos um dos grandes problemas em ser
escritor depois que você finalmente consegue publicar: a visibilidade. Como ser
reconhecido em mar de tantos rostos famosos e talentosos? Como mostrar ao mundo
que você também tem valor e que está suando para conseguir mais leitores e
finalmente ser um escritor em toda a essência da palavra, mesmo que pareça um
sonho distante e utópico? (aah, sem esquecer que muitos dirão que escrever é bobagem e que você não conseguirá viver
como escritor).
Não é nada fácil. Fico indignada ao pensar quantos
maravilhosos escritores estão espalhados pelo Brasil, anônimos, temerosos e
angustiados, com a incerteza em nunca saber se valerá a pena o esforço.
Eu sempre digo e continuarei dizendo: para publicar um livro
e realmente ter a consciência de que você é um escritor e que pretende ser pelo
resto da vida (ou enquanto a sanidade deixar) você precisará de uma frase de
ordem, uma frase que não o deixe na mão nos momentos mais angustiantes: Eu não vou desistir. Diga a si mesmo,
diariamente. Diga a si mesmo quando receber o “não” de uma editora; quando a
inspiração esgotar; quando o tempo for pouco; quando tirar o dinheiro da
poupança para investir no sonho, o dinheiro que você conseguiu guardar por
tanto tempo...
Diga a si mesmo... Repetidamente...Eu não vou desistir. Não
vou desistir mesmo quando não vender um exemplar por meses; quando criticarem
meu livro de forma rude e maldosa; quando perder um concurso literário; quando
disserem que cometo muitos erros; quando perguntarem por que não desisto logo,
se é tão difícil e tão cruel... Não vou desistir...
Ser escritor no Brasil não é fácil e é para poucos.
Quer fazer parte desse grupo seleto? Quer ser um dos escritores
que revolucionarão a literatura nacional? Deseja que quando perguntarem a você:
“O que você faz da vida?”, você tenha o orgulho e um sorriso no rosto em dizer:
“Eu escrevo!”? Então venha comigo e prepare-se! A batalha mal começou.
Vamos
juntos revolucionar a literatura nacional. Vamos juntos e, aos poucos,demonstrar
o nosso talento, apenas aguardando o estopim, a frase mágica que nos dará força
e motivação, apesar de todos os problemas que encontraremos no meio do caminho.
Sabem por quê?
Porque eu não vou desistir também!
Abraços,
ENTREVISTA ESPECIAL L.L ALVES
1 - Hoje é dia dos escritores nacionais, qual seria sua dica
para quem quer ingressar nesse meio tão disputado?
Minha dica é: seja
persistente e tenha muita paciência. O caminho será árduo, mas se é o que você
deseja, com todo o seu coração, não desista!
2- Luene, você escreve desde nova, o que te motivou e quais
autores te inspiraram, e porquê?
Escrevo desde os treze
anos de idade e o principal motivo foi a série Harry Potter. Foi a J. K.
Rowling que me fez aprender a gostar de ler e, posteriormente, me fez ter a
certeza de que eu nasci para escrever – no momento que criei meu primeiro livro
Mudanças.
Vários autores me
inspiram atualmente, desde estrangeiros a nacionais: J. K. Rowling, Neil
Gaiman, Cassandra Clare, além dos meus colegas escritores Priscila Boltão, Mila
Wander, LhaisaAndria, etc. Sou fã da literatura fantástica, apesar de ler de
tudo um pouco, portanto os autores que citei me inspiram com suas histórias de
vida, estilos e criações fantásticas. Acredito que todo autor tenha algo importante
para contar.
3- Eu me diverti muito com as loucuras de As Grandes Aventuras de Daniela,o que
tem de real na Daniela?
Tudo! rsrs A Dani,
como gosto de chamar, é uma personagem totalmente “real”, se me permite usar o
termo. Ela tem um pouco da insegurança e baixa autoestima que a maioria das
mulheres possui, é maluca como minhas amigas, é querida e humilde, anda de
ônibus, tem problemas no trabalho e com o namorado, e passa por situações comuns
e inusitadas – situações que realmente aconteceram e que me permitiram usar no
livro. Enfim, ela é uma personagem que muito provavelmente todos que lerem irão
se identificar – de uma forma ou de outra.
4 - Continuando com AGAD, o que a personagem Dani tem da
autora Luene e o que a autora Luene aprendeu com a Dani?
Bom, a Dani era eu,
antes de escrever o livro: insegura, dependente, viciada em falar palavrão e sem
papas na língua (isso não mudou em nada em mim rs). Costumo dizer que escrever
AGAD foi a minha terapia – o meio que utilizei para finalmente aprender, junto
com a protagonista, o quanto eu não gostava do que via no espelho e que essa
minha atitude destrutiva tinha que mudar logo. Chorei muito ao escrever esse romance.
Parece que, enquanto eu colocava todos aqueles sentimentos no papel, toda minha
baixa autoestima ia saindo, deixando meu corpo para nunca mais voltar. Foi uma
experiência única e catártica.
5- Suas histórias fantásticas são um sucesso e
instigantes... Conte-nos como foi
escrevê-las e criar algo tão fantástico.
Foi fantástico! rs
Brincadeiras a parte, posso dizer que foi bem complexo, mas muito especial.
Escrever Instituição para Jovens
Prodígios, minha saga de quatrovolumes, foi um desafio que me propus em
meados de 2012. Até aquele momento, eu tinha apenastrês livros independentes e,
como fã(nática) pela literatura fantástica, eu sabia que devia me arriscar –
tentar algo novo e diferente. Foi através de um sonho que tive a primeira ideia
da saga e a desenvolvi por quase um ano até começar a escrevê-la. Foram pesquisas
incansáveis, noites mal dormidas, mas, no fim, uma sensação incrível de dever
cumprido e um amor incalculável pelos meus personagens.
6- Quais são seus próximos projetos? Dê um spoiler ou
vários... Kkkk
Assim me complica!
rsrs Bom, tenho alguns projetos em andamento. O primeiro é um romance
fantástico que escrevi ano passado e que está em fase de revisão (ele seria um
“prequel”, uma história contada em um momento anterior ao da história que ainda
terei que escrever, como pano de fundo); um romance LGBT que está em andamento
(seria bom se eu tivesse mais tempo para escrever...); e uma trilogia
fantástica habitada em um novo mundo e que estou para escrever o segundo livro.
Além desses, tenho alguns contos, também em processo de revisão, e várias
ideias guardadas.
7 - Qual é a maior barreira,na sua opinião, que os autores
nacionais intentam e o que você acha que poderia ser mudado?
As barreiras são
inúmeras – a cada dia eu descubro uma nova. Contudo, acredito que a principal
seja a falta de apoio e incentivo das editoras, livrarias, blogueiros, leitores
e até mesmo dos próprios autores. Acredito que a literatura nacional
contemporânea devia ser muito mais apoiada e incentivada – devia estar na
mídia, nas redes sociais e nas vitrines, ser os livros que os funcionários de
livrarias indicam e não estarem escondidas em prateleiras empoeiradas, por
exemplo. Dizem que a literatura nacional está bem mais valorizada, mas falta
muito chão. Ainda existem diversos autores desconhecidos, humilhados e
desrespeitados em todas as esferas. Não sei ao certo o que poderia ser feito
para melhorar a situação, mas em primeiro lugar deveríamos parar de acreditar
que tudo que vem de fora é melhor – porque não é.
8- Qual é a sua maior mudança como autora desde o seu
primeiro livro Mudanças?
A verdade? Estou bem
mais cansada e confusa, mas pelo menos meus pés estão bem firmes no chão.
Aprendi muito nesses anos todos e a cada dia aprendo mais. A vida de escritora,
principalmente de uma que não tem muitas condições para chamar atenção de novos
leitores, é exaustiva e por muitas vezes decepcionante. Mas continuamos na
luta, esperando por dias melhores.
Contato nas Redes Sociais com a Autora:
Contato nas Redes Sociais com a Autora:
Espero que tenha curtido esse post especial...
Vem mais por aí hoje!!
Beijocas!!
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