DarkSide

[Resenha Internacional] O Menino que desenhava monstros Keith Donohue

terça-feira, abril 11, 2017,0 Comments

Olá, Gente. Voltei! 
Hoje, com a resenha de um livro da Editora Darkside, o livro é o suspense "O Menino que desenhava monstros", do autor Keith Donohue.
Fazia um tempo que eu namorava essa linda edição da DarkSide. Agora que li, posso contar para vocês o que achei.

Querem saber?
Então leiam a resenha!

Let´s go!



O Menino que Desenhava Monstros Keith Donohue
ISBN-13: 9788594540010ISBN-10: 8594540019 Ano: 2016 / Páginas: 256 Idioma: português
Editora: DarkSide Books
Um livro para fazer você fechar as cortinas e conferir se não há nada embaixo da cama antes de dormir. O Menino que Desenhava Monstros ganhará uma adaptação para os cinemas, dirigida por ninguém menos que James Wan, o diretor de Jogos Mortais e Invocação do Mal.
Jack Peter é um garoto de 10 anos com síndrome de Asperger que quase se afogou no mar três anos antes. Desde então, ele só sai de casa para ir ao médico. Jack está convencido de que há de monstros embaixo de sua cama e à espreita em cada canto. Certo dia, acaba agredindo a mãe sem querer, ao achar que ela era um dos monstros que habitavam seus sonhos. Ela, por sua vez, sente cada vez mais medo do filho e tenta buscar ajuda, mas o marido acha que é só uma fase e que isso tudo vai passar.
Não demora muito até que o pai de Jack também comece a ver coisas estranhas. Uma aparição que surge onde quer que ele olhe. Sua esposa passa a ouvir sons que vêm do oceano e parecem forçar a entrada de sua casa. Enquanto as pessoas ao redor de Jack são assombradas pelo que acham que estão vendo, os monstros que Jack desenha em seu caderno começam a se tornar reais e podem estar relacionados a grandes tragédias que ocorreram na região. Padres são chamados, histórias são contadas, janelas batem. E os monstros parecem se aproximar cada vez mais.
Na superfície, O Menino que Desenhava Monstros é uma história sobre pais fazendo o melhor para criar um filho com certo grau de autismo, mas é também uma história sobre fantasmas, monstros, mistérios e um passado ainda mais assustador. O romance de Keith Donohue é um thriller psicológico que mistura fantasia e realidade para surpreender o leitor do início ao fim ao evocar o clima das histórias de terror japonesas.
Literatura Estrangeira / Suspense e Mistério

 






RESENHA

Jack Peter é um garoto de dez anos que mora com seus pais em uma casa litorânea. Desde muito pequeno ele era diferente dos outros meninos. Quieto e sem muitas demonstrações de afeto, foi diagnosticado com Autismo. Seus pais se adaptaram as suas crises. Jack não saía de casa nunca, ou quase nunca. Desde um incidente, aos sete anos, onde ele quase se afogara, adquiriu fobia a qualquer outro ambiente que não o seu e também passou a ter aversão ao toque. Jack Peter ou Jip, como chamava o seu pai, não estudava no colégio há anos e o único amigo que tinha era seu vizinho Nicholas, que tinha a mesma idade dele e que sempre ia à casa de Jip para brincar com o menino.
"Sem alternativa, sua família permaneceu leal aos amigos mais antigos, os Keenan, e ele a Jack Peter. Há muito tempo, eles haviam sido iguais, ou assim lhe parecia agora, ao pensar naquela época em que Jack Peter não tinha medo do mundo exterior. Brincavam de esconde-esconde nas árvores que cercavam a casa dos Keenan e empinavam pipa nos meses de maio e junho. Eles eram apenas amigos, mas tudo mudou depois do acidente. Jack Peter saiu do oceano uma criança completamente diferente, mais exigente e controladora".
Na verdade os Keenan, pais de Nick, eram os únicos contatos sociais que restara aos pais de Jip. Eram amigos desde antes dos filhos nascerem. Compreendiam-se, pois cada família tinha sua peculiaridade. Os Keenan tinham um pequeno problema com excesso de bebida que não passava despercebida da pequena cidade, então, as dificuldades os uniram ainda mais.
"Ele parecia em profunda inconsciência, uma criança como qualquer outra, um filho normal, um garoto comum que dormia. Ela manteve aquele instante em suspenso, de modo a permitir que a ilusão se prolongasse."
Um dia, Holly vai acordar o filho e ele a agride. Assustada perante a raiva que o filho exibia, ela questiona Tim sobre o que fariam com o menino que piorava a cada dia. Agora Jip tinha pesadelos constantes e vivia desenhando monstros compulsivamente, além de mostrar-se um tanto obsessivo em relação a sua amizade com Nick.
"Há alguns anos, quando diagnosticaram Jack, Holly mal conseguia pronunciar o nome do distúrbio; ela foi inundada por um oceano de orações, cujo nível só baixou com o tempo, quando o garoto ficou pior, não melhor."
Os conflitos de opiniões  sobre o menino faz com que Holly busque ajuda de um padre, pois coisas estranhas e absurdas começam a acontecer com a família de Jip: barulhos de passos, visões de coisas que seriam impossíveis de serem vistas. O medo começa a tomar conta de todos.
"Seus corpos macios estavam nus, seus rostos eram frios e inumanos, os olhos como buracos negros. Um deles abriu a boca banguela e dela saiu um estridente berro mecânico, e, ao ouvi-lo, Nick gritou de volta. A coisa rastejou diretamente para ele, e o garoto pulou para dentro, batendo a janela com força. A criatura pálida e doentia passou como um raio pelo vidro. Jack Peter estava sentado na cama, os olhos esbugalhados, extasiado com o que via (...)"
Os pais de Nick saem de férias, em segunda lua de mel  e o menino é deixado na casa da família de Jip.. Nesse momento, tudo começa a ficar desesperador para todos, mas uma grande revelação é feita no final dessa trama para provar que as coisas não são exatamente o que demonstram ser.



Minha Opinião




Tentei resumir a história, mas foi difícil. Eu esperava tanto desse livro, fazia um tempinho que tava namorando a capa e queria ler, mas, infelizmente, não corresponderam as minhas expectativas que estavam altas demais.

O livro me soou um tanto quanto infanto juvenil. O conflito familiar e as dificuldades de lidar com os transtornos de se ter uma criança diferente, o desejo profundo da mãe de ter o filho "normal", sem crises, somente seu filho, sem estigmas, foi emocionante. Algumas vezes ela se mostrava dura demais e seu esgotamento, impaciência, insatisfação e estresse eram nítidos​. A fé do pai, que a todo custo queria dar uma vida normal pra Jip, seu amor e até seu jeito de tentar amenizar os problemas para poder lidar com o filho da melhor maneira possível, fizeram com que o livro valesse a pena.

A história principal, que foi a parte do suspense, das coisas estranhas que cercavam a trama, desvendei rapidamente, antes da metade do livro. Era tão previsível e ao mesmo tempo tão bobo que você pensava: não acredito que seja isso, mas era! Isso fez o livro perder a graça, pois eu esperava uma explicação mais lógica ou plausível, e foi surreal de uma maneira infantil.

A escrita do autor é gostosa, fluída, mas senti falta de me apegar aos personagens. A capa, a sinopse e a diagramação prometem muito mais do que estão dispostos a cumprir com a história.

Pelo conjunto da obra e pelo trabalho editorial considero uma boa obra, mas nada de excepcional. Para quem, realmente, estiver com vontade de ler suspense/mistério não vai curtir muito, mas se tiver atrás de uma fantasia infanto juvenil eu recomendo!



Nota 3,5/5 (bom)


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Então é isso. Já leram ou leriam essa obra? 


Deixem sua opinião. 


Até a próxima postagem, pessoal!


Beijos.
















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