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[Resenha Nacional] Tutor - Sue Hecker

domingo, setembro 04, 2016,11 Comments

Olá, leitores e fiéis seguidores!
Preparem os ventiladores, porque temos resenha hot, hot, hot.
Hoje, vocês vão ficar por dentro do livro “Tutor”, da autora e parceira do blog, que causa rebuliço nos leitores, Sue Hecker.

Eu já havia lido “O Lado bom de ser traída” da autora, um livro “super hot” com abordagens da patologia de anencefalia. “Tutor” segue a mesma linha. Desta vez, uma história com cenário extremamente libidinoso e erótico permeado de situações pertinentes aos portadores do TOC (Transtorno Obsessivo Compulsivo) e da autoflagelação. É esta conexão perfeita de gêneros (romance/drama/erotismo) que me encanta na escrita de Sue Hecker.
Tutor - Sue Hecker 

Título: Tutor
Autor: Sue Hecker
Idioma: Português
Formato: Ebook

Sinopse

"Pedro Salvatore, um homem submerso em sua virtude e honroso de sua palavra. Será capaz de emergir de um juramento onde foi capaz de colocar toda sua vida em segundo plano? Convicto que o poder do NÃO pode ser o bastante para ir contra seu coração. Um homem marcante, com olhar penetrante. O que esperar de uma história, quando os desejos são substituídos pela autoflagelação?"


Você pode ler dez capítulos de degustação aqui:

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Pedro Salvatore é um belo homem de 29 anos, dono de um corpo escultural. Tem sua carreira profissional consolidada e um escritório muito bem sucedido. Desde a infância sofre de TOC (Transtorno Obsessivo Compulsivo) e autoflagelação. É atormentado por memórias de sua infância que o remetem à mãe, uma artista plástica talentosa, cadeirante que, aos 17 anos, teve as pernas amputadas devido a um câncer ósseo. Tempos depois, o namorado a trocou por uma pessoa muito próxima dela, abandonando-a quando estava grávida.
Pedro tem grande amor por sua mãe, uma guerreira que lutou até o último instante contra o câncer que a matou quando ele ainda era uma criança. Ela sempre lhe dedicou muito amor e demonstrou muito carinho e compreensão nas suas crises. Era a única pessoa que lhe entendia. Sente orgulho por ter cuidado da mãe até o ultimo instante de sua vida. Já em relação ao pai, Pedro nutre sentimentos muito ruins como desprezo , mágoa e raiva pela covardia de ter abandonado a namorada inválida e grávida, e pela total indiferença com os problemas psicológicos do filho, menosprezando, humilhando e, muitas vezes,  castigando-o nos seus momentos de crise, durante os dias que era obrigado a passar com ele.
Sofreu durante anos com bullying, paraticado por seus amigos da escola e por seu pai, que atribuía seus transtornos à incapacidade da mãe de criá-lo. Todas as violências psicológicas pelas quais passou lhe deram determinação para vencer o TOC. Buscando ajuda psicológica e farmacológica (que são as formas adequadas para o tratamento do transtorno), Pedro estava conseguindo neutralizar os efeitos maléficos que o TOC lhe provocava.
“Por anos me vi autoflagelar causando a dor no meu corpo para substituir a dor emocional, essa tinha sido a justificativa na tentativa de não sofrer e encarar a realidade. Com a ajuda de uma terapeuta consegui sair daquele recipiente cheio até a tampa.”
 “Sofri por anos bullying com meus amigos de escola e por aquele que desgraçou a vida da minha mãe. Para ele os meus transtornos eram manias adquiridas por ser mal-educado por uma pessoa incapaz por ser uma cadeirante. As violências psicológicas intencionais que sofria das pessoas ajudou-me criar como um mantra na minha cabeça a determinação de vencer o TOC.”
Bya é uma linda adolescente com 17 anos, morena, de cabelos negros, com rosto de menina e trejeito de mulher. É a única sobrevivente do acidente de carro ocorrido no Natal que tirou a vida de seus pais. No réveillon ela estava órfã de pai e mãe e sem nenhum parente ou pessoa próxima com quem pudesse contar. Passou por várias cirurgias, teve uma grave fratura na bacia, concussão cerebral e rompimento do baço que quase a levou a uma septicemia.  Esteve durante vários dias em coma induzido. Ao acordar do coma se depara com um belo homem dormindo encolhido em uma poltrona. O homem acorda repentinamente e ela enxerga um lindo par de olhos verdes no desconhecido. Um surto de emoções toma conta dela. Ela sabe que está viva, mas não se lembra de absolutamente nada da sua vida. Não se recorda de seu nome, de familiares, fatos e pessoas. Quem é aquele homem? Será seu pai? Ela apenas tem a certeza de que o aroma que aquele homem exala é o mesmo que ela sentia quando estava na escuridão do coma dando-lhe forças para buscar a luz.
“O aroma impregnou a minha memória e quando esse bálsamo se afastava, sentia vontade de gritar para voltar. É como se aquele perfume não estivesse o tempo todo ao meu lado e quando retornava, algo me dizia que eu estava ali, podendo respirar, dando-me forças para encontrar a luz. Uma sensação de que aquele cheiro me envolvia e me buscava aonde quer que eu estivesse perdida indo ao encontro do frescor e do bem-estar.”
 “A única coisa que consigo me concentrar é nos olhos verdes mais lindos que acho que já vi. Impressionantes como as águas marítimas, (...). E como confirmação da minha crença em buscar a luz, o perfume que tanto ansiei exala da sua pele ao se aproximar de mim.”

Pedro está comemorando o Réveillon quando recebe um telefonema de Maria Luiza (Malu), que está hospitalizada dizendo que precisa muito dele. Malu é filha da mulher (prima da mãe de Pedro) com quem o pai se casou quando abandonou sua mãe grávida. No hospital encontra Malu em estado gravíssimo. Ela pede para que ele prometa que irá cuidar de sua filha Beatriz Eva (Bya), pois esta é a vontade dela e de seu marido. Malu falece segurando a mão de Pedro antes mesmo que ele faça a promessa. Pedro fica desorientado, sem saber o que fazer, pois, afinal, está com sua vida organizada, com seus transtornos psicológicos controlados e, na sua vida, não há lugar para uma adolescente praticamente desconhecida sob sua tutela. Tenciona as unhas na pele. A dor parece estar voltando a querer orientar suas decisões, sua vida.
“Fecho as mãos com força na parede — O que vou fazer? — No passado expor-me-ia aos riscos da situação, mas hoje, não sei como enquadrá-la no projeto da minha vida.”
 “Como vou cuidar de uma adolescente que vi apenas uma vez no enterro daquele que se fez passar por um verme, que se considerou onisciente, onipotente e que apenas a sua verdade que carregava na vida era certa? (...) agora como uma herança do destino, vem à minha vida a incumbência de fazer diferente do que ele fez comigo, mesmo sendo situações completamente diferentes, mas que no resultado final é a mesma coisa.”


Bem, pessoal, é claro que não vou contar todo o enredo, mas acho que preciso dar mais algumas informações para despertar o interesse dos leitores em relação ao livro. Então, vou tentar comentar sem entregar os pontos principais.
Pedro não teve tempo de prometer à Malu que cuidaria de Bya, entretanto, se remete ao passado e se enxerga na situação de Bya: órfão e sem nenhum parente ou alguém próximo para cuidá-lo, e com Bya a situação ainda é pior, pois ela encontra-se totalmente desmemoriada. Fica num grande dilema, pois não se acha em condição de cuidar dela, mas, também, não consegue virar as costas para ela, pois iria transformar-se num covarde, como seu pai fora com ele e acaba assumindo o papel de tutor de Bya.
De imediato, acontece uma atração física entre eles. É algo muito forte com o qual os dois não conseguem lutar contra. Bya é uma moleca inconsequente, sem memórias passadas que lhe sirvam de exemplos ou orientação. Vai fazer de tudo para ter o homem que deseja, para afastar qualquer mulher que julgue um perigo na relação que pretende ter com ele. Imagina-se com Pedro em cenas pra lá de tórridas e insinua-se para ele descaradamente deixando-o, muitas vezes, em situações das mais vexatórias e hilárias (hilárias para nós, leitores), tirando seu sossego, sua serenidade, abalando, totalmente, suas convicções. Bya também passa por problemas psicológicos, pois se ressente da falta de memória e teme viver sem um passado, sem lembranças que lhe causem saudades, que lhe deem, por exemplo, o direito de sentir o luto por seus pais. Ela precisa ter de volta sua memória, ter acesso às suas preferências, a seus amores e desafetos, seus medos, erros e acertos, expectativas e sonhos, enfim, ter posse de sua história de vida.
Imaginar meus próximos dias sem a constante ação da memória tem me deixado angustiada, como se algo faltasse no meu despertar.”
“...a cada vez que olho para ele me sinto sem ar, fantasio o sabor do seu beijo, o toque de sua carícia. Imagino a acolhida dos seus braços em torno do meu corpo, fantasio ainda o hálito quente dele próximo do meu ouvindo dizendo “SIM, eu quero ter você pra mim”.”

Pedro passa a viver atormentado, pois por querer honrar a a vontade dos pais de Bya, assume que o único papel que pode ter na vida dela é o de cuidador e protetor, mas não consegue controlar os pensamentos e desejos eróticos, cada vez mais incontroláveis, que sente por Bya. Essa dualidade de desejos faz com que os sintomas do TOC, os pensamentos intrusivos e a autoflagelação ressurjam e voltem a lhe atormentar com força total.
“Só de pensar em um homem olhando para ela, meu estômago revira. Sem dúvida o corpo dela é lindo e não faltarão azarões com cantadas idiotas vendo suas pernas torneadas e bronzeadas à mostra, mas isso eu não pretendia dizer a ela, na verdade nem sei por que pensei nas suas pernas.”
 “Ela tem um talento todo especial de saber causar reações diversas em mim, do desejo à autocondenação.”



No decorrer da trama, Bya e Pedro vão percebendo que além do desejo carnal, o amor também vai se manifestando. O leitor vai experimentando cenas bem humoradas, sensuais, eróticas e românticas. Tudo na medida certa, sem apelações ou fora do contexto. É uma trajetória bonita, naturalmente bonita e excitante, onde os dois esforçam-se para se tornarem menos intransigentes, mais tolerantes e compreensivos, enfim, pessoas melhores, conscientes de que podem viver juntos, lado a lado e respeitando, convivendo e aprendendo com as diferenças, sem que um tenha que ser subjugado para que o outro possa permanecer forte, além, é claro, das batalhas individuais que cada um trava em busca de seus equilíbrios psicológicos. Posso garantir que o leitor não vai se deparar com soluções mirabolantes nem milagrosas. É notório que a autora tem conhecimento sobre o tema, para fornecer informações sobre sintomas, diagnóstico e o tratamento do transtorno, o que dá muito mais credibilidade à história. O final, como todo o resto da história, não tem conotação fantasiosa, com resultados mágicos e imediatos. É coerente, racional e harmonioso com o decorrer da trama, além de a autora ter reservado para seus leitores, uma grata e emocionante surpresa. 



Sue Hecker, como sempre, utilizou-se de uma linguagem forte, direta, sem censura, sem “mimimis”, o que não torna o texto com conotação científica, xulo e/ou pornográfico, mas, sim, fiel as características dos personagens.  Outro ponto que me agrada na escrita de Sue Hecker é que ela segue uma linha em seus livros que, em cada título, ela aborda uma doença, uma patologia, uma síndrome sem, entretanto, fazer do distúrbio abordado, o ponto principal da trama. Ela consegue conectar, sempre, com harmonia e sem apelações, uma trama romântica e extremamente erótica e sensual, com suspense e alguma patologia que, além de despertar tesão e luxúria nos leitores, cumpre, também,  seu papel social informando e dando subsídios aos leitores para a possibilidade de conviverem com as pessoas ditas “diferentes”, respeitando suas limitações, incentivando a busca de uma convivência mais realista e menos traumática com as patologias abordadas, além de enaltecer toda e qualquer superação obtida.
Li, amadorei e recomendo!


Gostando ou não da resenha e/ou do enredo, deixe seu comentário. Ele é sempre muito bem-vindo.
Beijos e até a próxima.



Créditos
Resenha: Vanda Costa
Imagens: Tiradas da Internet
Diagramação: Vanda Costa





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11 comentários:

  1. Olá
    Adorei a resenha foi tãi empolgante que me deu vontade de saber mais. Anotado a dica
    Bjs

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  2. Assim que puder, leia o livro.
    Tenho certeza que você vai gostar.

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  3. Olá! A capa do livro é bem sedutora. Não sou fã de literatura hot, mas acredito que quem seja vai gostar bastante do livro. Beijos'

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    Respostas
    1. Então, Dayane, eu não gosto de literatura hot que só propaga sexo e prazer, entretanto, há autores do gênero que conseguem desenvolver um enredo bacana, com dramas pessoais, familiares e personagens próximos a nossa realidade, dando uma apimentada nas cenas. A Sue Hecker é uma desses autores. Experimente ler um título dela. Acho que você vai concordar comigo.
      Grata pela visita e comentário.
      Volte sempre.
      Beijinho.

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  4. Olá, adorei a resenha, uma boa dica para os fãs do gênero...nacional <3

    Eu que não curto muito essa pegada mais hot, achei bem bacana até.

    Abraços

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    Respostas
    1. A Sue Hecker é muito boa e inovadora no estilo Hot.
      Quando for possível, leia este ou outro título dela.
      Obrigada pela visita e comentário.
      Beijos.

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  5. Vanda em primeiro lugar quero agradecer o carinho e apoio de sempre. Não tenho palavras para definir a sua captação dos fatos e mensagens. Você me emocionou muito. Surto de beijos no seu coração;

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    Respostas
    1. Nada a agradecer, Sue.
      Você é sempre muito bem-vinda no nosso blog.
      Beijos

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  6. Oi vanda, não consigo encontrar o livro nem para comprar. Como faço? Me ajuda!

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  7. Adorei o Livro mais gostaria que tivesse continuação pra ver como eles lideram com a situação, principalmente após o nascimento da filha

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  8. O da Patrícia teve e foi maravilhoso, pois continuou com a história do Marcos e da Baby, sou super fã dos seus livros vc é demais

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