Bienal Open Books
Não deixem de conferir todas as postagens!
*Créditos Entrevista: Vanda Costa*
[Bienal Open Book 2015] Entrevista Fê Friederick Jhones
FÊ FRIEDERICK JHONES
ENTREVISTA
Como parte do processo. Acredito que nenhum autor nunca vai agradar
a 100% dos leitores. Eu sou leitora e vejo isso pelos dois lados. Existem
livros famosos que eu não gosto e por aí vai, então eu quero poder sempre
melhorar, mas ainda mantendo a consciência de que nunca será bom para todos.
A crítica é válida quando feita de forma construtiva, eu ouço ou
leio, analiso e se faz sentido, ótimo, se não, sigo em frente. Eu só não quero
paralisar por causa disso.
2 - Como você avalia o mercado literário no Brasil?
Eu sou nova nisso, mas vejo de maneira otimista. Tenho amigos
escritores e sempre que conversamos percebo como o público tem se tornado mais
receptivo e até buscando conhecer os autores nacionais. É difícil para novos
autores conquistar espaço, mas quando o trabalho é bem feito, uma hora você
encontra pessoas que gostem do que você escreve. Acredito que o caminho é longo
e persistir é fundamental.
3 - Toda história tem um processo de construção. Como esse processo
acontece com você?
É diferente para cada livro que escrevo. Os primeiros eu escrevia
sem planejar muito, deixei por conta da tal inspiração. Mas quando percebi que
queria levar a escrita como uma carreira, vi que tinha de me organizar. Hoje em
dia a primeira coisa que faço é a sinopse e dar um título (ainda que mude
depois), mas essas duas coisas são meu norte, me fazem ir em direção ao que eu
quero para aquela história. Depois disso, pode parecer engraçado, mas eu
escolho ao menos 2 músicas. Gosto de escrever ouvindo música, me ajuda a
pensar. Depois faço a programação de quantos capítulos quero e quantas páginas
por capítulo. Assim eu começo. Ultimamente tenho feito ficha técnica dos
personagens.
Acredito que é um processo que sempre muda, você vai descobrindo o
que te ajuda e o que te atrapalha e vai mudando ao longo do tempo. E também
acho que cada livro pede um processo diferente.
4 - Você promove seu(s) trabalho(s) através das redes sociais.
Como você avalia a importância das redes sociais na promoção de seu(s)
trabalho(s)?
Acho que nós, escritores contemporâneos, precisamos muito mesmo das
redes sociais. É uma necessidade para alcançar novos públicos, conhecer novos
leitores e trocar experiências com escritores do país todo. Uso e muito. Facebook,
instagram, twitter, enfim, tudo que me ajuda a mostrar meu trabalho para o
mundo.
As redes sociais nos ajudam a estar em vários lugares ao mesmo tempo
e isso é fundamental. Já conquistei muitos leitores dessa forma. Não podemos
parar.
5 - O que você sentiu quando teve sua primeira obra publicada?
Sensação de sonho realizado. Escrever um livro já é maravilhoso,
alguém gostar dele é incrível, mas a possibilidade dele ir para qualquer lugar
do mundo, para a estante de pessoas que você nunca viu, é algo que não dá pra
explicar.
6 - Só autores consagrados conseguem sobreviver exclusivamente da
literatura. Como você faz para se manter e arranjar tempo para se dedicar à
literatura?
Meu sonho é chegar no dia em que apenas meus livros irão me
sustentar! Rsrsrs, mas ainda não é o caso. Eu sou psicóloga e atendo numa
clínica em 4 dias da semana. Então uso o tempo livre para escrever, planejar os
livros e por aí vai. Não é fácil, tem horas que falta energia, já que não tenho
apenas o trabalho, mas a casa, marido e etc... Mas a paixão que envolve
escrever, é mais forte do que qualquer dificuldade, então força na peruca e lá
vamos nós!
7 - Quando e como se deu seu primeiro contato com a literatura?
Difícil de dizer, é uma história tão antiga que nem sei. Mas acho
que meu primeiro livro foi uma Bíblia Ilustrada para crianças, foi o primeiro
que li completo, tenho ela até hoje e acho que usarei o mesmo método com meus
filhos. Quero ter em casa pequenos viciados em literatura. Sempre tive livros
ao meu alcance, ganhava livros de presente, minha mãe lia para mim, meu pai
sempre estava com livros na mão e minha avó paterna sempre escrevia. Então acho
que eu estava rodeada de literatura todo tempo. Fico feliz que tenha sido
assim.
8- Qual é a emoção de participar de uma Bienal?
ANSIEDADE + ANSIEDADE + ANSIEDADE! Rsrsrs, sonho com isso quase
todas as noites e acho que só vou entender realmente quando estiver lá. Que
chegue logo setembro!!!
9 - Atualmente, os autores se utilizam de leitores betas. Como
você avalia a importância desses leitores no desenvolvimento da obra?
Minhas betas são companheiras de viagem. Elas me ajudam, elas me
incentivam e elas me enlouquecem quando faço algo que elas não esperavam. Eu só
posso realmente agradecer. Acho que isso ajuda no processo porque são leitores
que enxergam o que você não consegue por estar tão imersa no projeto. Acho
fundamental!
10 - Qual foi o último livro que você leu?
Noites Italianas, é um livro autobiográfico, bem escrito, mas com
uma história que não me agradou muito.
11 - Qual a importância dos blogs na divulgação de suas obras?
Gente, o que dizer de pessoas que usam seu tempo para te ajudar? A
literatura me deu lindos presentes e muitos deles são blogueiras. É
fundamental, as parcerias e divulgações são fundamentais para alcançar novos
públicos. Tem muitos leitores que depois de verem uma postagem num blog, acabam
conhecendo meu trabalho e me procurando depois. Então os blogs são parceiros
incríveis que eu quero sempre cultivar.
12 - Muitos blogs e leitores se utilizam de resenhas para
comentarem sobre livros. Eu, particularmente, acho uma temeridade, pois tenho
lido cada resenha amadora, sem critério e qualidade, que influem negativamente
na opinião dos demais leitores. Como você avalia esse método utilizado para divulgação de
seus trabalhos?
Resenhas são importantes por dois motivos: para que nós saibamos em
que erramos e em que acertamos, a crítica construtiva. E para divulgação, para
que leitores saibam os pontos fortes do seu livro e se interessem. Como leitora
eu leio resenhas e isso já me incentivou a comprar livros. Então acredito que
isso acontecem quando leem resenhas do meu livro. Adoro, leio, divulgo e
acredito que seja uma ferramenta bem importante.
13 –
Fale um pouco do seu livro Ímã de Traste que estará na Bienal do Rio.
Ímã de Traste é um chick-lit que conta a história de Valerie, uma
mulher moderna, com um desafio profissional e uma vida amorosa desastrosa.
Depois de receber um fora do último namorado, ela descobre que os amigos lhe
deram o apelido de “ímã de traste”, ela fica chateada, mas também a faz pensar.
Uma jornada de reflexões, com tubarões e biquínis de lacinho começa! Ímã é um
livro divertido e leve, sobre uma mulher como tantas outras que precisa
repensar suas escolhas. Fala sobre amor, amizade e esperança, como algumas
promessas podem ser cumpridas e o amor por si mesma tem de ser forte o
suficiente para te fazer seguir em frente.
Contato nas Redes Sociais com a Autora:
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*Créditos Entrevista: Vanda Costa*
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