amigas da meia noite
[AMIGAS DA MEIA NOITE] TERROR NA ESTRADA
Oiee!
Acho que é a minha primeira postagem do ano e começo
na coluna Amigas da meia-noite. Humm....
Vocês sabem que eu amodoro essa
coluna, ne? Porque nem todo mundo ao meu redor curte terror, então, é muito
legal poder vir aqui e falar sobre os filmes que assisto com o maior prazer.
Terror na Estrada não foi o último filme de terror que vi porque essa
questão de classificação de gênero de um longa é complicada. Assisti O Homem
nas Trevas que, tecnicamente falando, seria suspense, mas costumo misturar os
dois tipos num potinho só. Entenderam, ne?
Vamos falar de Terror na Estrada.
Meu namorado chegou falando que o filme estava
passando na televisão e, claro, perdi a oportunidade não. Liguei e assisti
tudinho, mesmo já morrendo de sono.
SINOPSE
NÃO
RECOMENDADO PARA MENORES DE 14 ANOS
Mallory, uma jovem noiva, decide dar carona a um
desconhecido depois que ele a ajuda quando seu carro quebra. O que ela não
esperava, todavia, era que esse desconhecido se revelasse um psicopata.
Percebendo que ele não está usando cinto de segurança, Mallory tenta matá-lo
acelerando em direção a um parapeito. Mas ela acaba presa no carro e, agora,
para conseguir sair viva dessa perigosa situação, a jovem precisa tomar uma
atitude bastante drástica.
Lançamento: 06 de outubro de 2015
Direção: Iain Softley (que também dirigiu “A Chave
Mestra”).
TRAILER
O que eu achei?
Peguei o filme logo no início, bem na parte onde o
trailer começa. A protagonista viajando, prestes a se casar, tem um problema no
carro e encontra um estranho para ajudá-la. Aí entra o clichê: você,
espectador, já sabe que o tal cara
maneiro não é tão maneiro assim, pelo menos tudo indica isso e não foge do
esperado.
A mocinha reluta em dar a carona, mas acaba cedendo e
sendo gentil. Poxa, esse é um ponto positivo do filme: a mulher na sociedade.
Como seria legal se pudéssemos realmente sermos gentis! Então, tudo segue bem
até que o psicopata começa a falar um monte de besteiras vulgares e ofensivas,
ou seja, o tal problema da mulher na sociedade. Ela deu a carona porque queria ficar com ele, entenderam? É isso que o
cara dá a entender o tempo todo. Repulsivo!
Nesse momento, acontece algo que o espectador
realmente não esperaria: a mocinha preferiu jogar seu carro na direção do
parapeito. Não consigo visualizar que a tentativa dela tenha sido apenas matá-lo,
acho que era sua única alternativa ou ceder aos caprichos do cara, acho que ela preferia morrer
tentando do que ficar nas mãos do psicopata. Foi uma atitude muito corajosa e,
do meu ponto de vista, o filme ganhou alguns pontinhos por essas coisas que
citei.
Mas, em seguida, você se pergunta: por que o cara
sobrevive, cai fora do carro e não aparenta nem um arranhão? Comparado a ela,
ele saiu perfeitamente bem, até porque a protagonista ficou presa às ferragens.
Fica se questionando se isso é questão do enredo: ah, não podemos matar o
psicopata tão facilmente, ou se questionando se não há justiça no mundo, já que
era para ela ter se salvado, não?
Ok.
A partir daí o filme fica cansativo, passando por
pequenos momentos de expectativa. Durante quase todo o resto do longa, a
protagonista permanece presa, lidando com diversos problemas: frio, o
sangramento, bichos, o psicopata que vez ou outra vem torturá-la mentalmente,
etc. Não é clichê que um psicopata torture uma mocinha presa nas ferragens, mas
isso também não fez o filme ficar mais atrativo.
Não vou contar o final porque estragaria, né? Mas
posso dizer que o modo como o longa terminou rendeu mais alguns pontinhos.
Digamos que questionamentos feitos anteriormente acabam por serem respondidos
indiretamente, descobrimos o motivo de o assassino possuir todo esse problema
com mulheres, e somos surpreendidos por uma atitude de certo ponto altruísta.
O que mais me chamou a atenção no filme foi o poder
que as mulheres ganharam, foi mostrado desde o ponto em que elas sofrem
preconceito, não podendo agir como bem desejam sob pena de serem cruelmente
julgadas até o ponto em que elas podem sim serem donas do próprio nariz, que elas
podem mandar em suas vidas e decidirem seus futuros, às vezes de maneira
crucial. E que podemos ser mais corajosas e fortes do que os homens,
surpreendendo quem nos julga como o sexo frágil.
Prontos para assistir Terror na Estrada?
Nascida e criada no Rio de Janeiro, Katerine Grinaldi já
visitou lugares que não estão nos mapas convencionais. Isso graças ao
seu amor pela literatura, tanto no ato de ler como no de escrever. Encantada
com histórias que fazem pensar e por personagens de apaixonar, Katerine
decidiu criar outros mundos para que leitores – como ela - pudessem
visitar. Advogada, ela não abandona um de seus maiores prazeres: escrever. A Herdeira, seu primeiro livro, foi lançado na Bienal do Livro de 2015.
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